Este texto nada mais é que uma leve observação para mostrar que muito anterior a Kant, essa questão de processos triádicos de como se dá a construção do conhecimento, como efetivado na arquitetura filosófica de Charles Sanders Peirce, o mesmo podemos observar em Descartes.
Já com Descartes podemos notar o processo triádico em seu método, apesar de serem quatro os seu processos para se alcançar a verdade, mas sendo o último nada mais que uma enumeração de dados, uma catalogação, entranto, o objetivo deste breve texto é dar ênfase em apenas três dos processos do método cartesiano e mostrar a semelhança com os processos do método peirceano.
Retirado da Wikipédia, apenas para questão de rememorar os quatro métodos de Descartes:
" verificar se existem evidências reais e indubitáveis acerca do fenômeno ou coisa estudada; analisar, ou seja, dividir ao máximo as coisas, em suas unidades de composição, fundamentais, e estudar essas coisas mais simples que aparecem; sintetizar, ou seja, agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro; e enumerar todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de manter a ordem do pensamento."
Igualmente, temos em Peirce em sua categoria primeiridade: o momento do espanto, na observação da evidência sem a interrupção de nenhuma interpretação; segundidade: o momento do conflito, em que o sujeito se dá conta do outro, do seu ser e do seu não-ser; terceiridade: este último se apresenta como generalização, resultante da relação entre o contemplar e o distiguir, generalizar é ligar, ou seja, trata de universalidades quantitativas.
Descartes - Peirce - Hegel - ...
Verificar - Primeiridade - Tese - ...
Analisar - Segundidade - Antítese - ...
Sintetizar - Terceiridade - Sintese - ...
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
DESCARTES, René. Discurso sobre o método. São Paulo: Escala.
HEGEL. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1999b.
SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica. São Paulo: Editora brasiliense, 2005.
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